27 outubro 2009

Snif...

Acabei de me despedir da Elena, a última a deixar esta base rumo a Madrid, em mais um daqueles abraços sem jeito, porque parece não fazer sentido o adeus. Tentamos sempre um "até já", que por sua vez também soa estranho, porque durará por certo tempo demais...
É a 1ª vez que estou do lado de cá, que não sou eu a partir, e esta posição é bem menos confortável, porque nos cabe a nós suportar a ausência. A partir de amanhã vai ser tão estranho não a ver mais cá por casa... não sentir aquela presença, não a ouvir mais gritar "Raúl" ao telefone!

Ontem foi a vez de me despedir do Marcelo, em mais um adeus sem jeito, onde se trocam palavras por sua vez sem jeito, e um "aparece" que não se sabe pra quando.
E no dia seguinte os sítios do costume parecem mais vazios...
E tudo isto só me dá aquela estúpida vontade de partir outra vez, só porque detesto estar deste lado!


E agora quero dormir, pra acordar daqui a pouco, às 4h, e este nó não me sai da garganta. Não consigo evitar esta vontade de chorar a todo o instante. Mas porque raios sou eu tão nostálgica?!

3 comentários:

Ana disse...

Minha querida, pois bem…como tudo na vida a sempre a hora do adeus, do até já! Ainda que mais prolongado…mas o bom é que depois de passado os primeiros instantes os primeiros dias, os sítios deixam de parecer vazios, mas sim encantados porque já fomos felizes lá, porque muita gente vai passar por lá e não hade saber o quanto magico ele foi!
Porque de outra forma não é possível viver, há tanta gente sempre a entrar e a sair da nossa vida…não somos ilhas isoladas, mas sim como muitas pequenas pontes que nós ligam e nos tornam diferentes, especiais! Gostava de poder estar ai, para poder dizer-te tudo isto num abraço bem apertado, mas apesar de distantes estamos sempre presentes (tentamos!)

suse disse...

Obrigado Ana :)

Fábio Pereira disse...

Já pensaste quando foste tu que bazaste? Deixa voar! :)